Entre odiar alguém e me odiar, fico me odiando. O ódio que sinto de mim dissolvo mais rápido, comigo mesma.
Fora que, odiando alguém eu só faço mal à mim mesma por conta da imbecilidade de alguém, e me odiando, eu apenas estou em discussão comigo mesma. Esse é o sentido, discutir consigo mesmo.
Nunca fui muito boa com coisas que não envolvessem palavras, porque sou isto: Um monte de palavras embaralhadas tentando arrumar-se.
Isto sou eu. Dissolvida num copo de amor puro, esperança sincera, defeitos mal vistos e vontade de vencer os dias maus que insistem eu tirar-me a paz.
Querendo odiar não conseguindo. Deixando pra trás o que não deveria ter trazido daquele fundo de poço (ou tentando).
Um "q" de melancolia afogado num sorriso que não se pode furtar a alegria. Que disfarça e chora.
Uma alegria misturada à tristeza profunda de uma alma chorosa.
A crença no dilúculo da vida e o desespero em crescer como grama de pasto bom. Viçosa!
E neste momento o cúmulo do ser tem sido as declarações mal ditas, ou malditas. Tem sido as palavras cuspidas, o amor escarrado, o sentimento rasgado e o querer escondido debaixo de panos quentes pra não deixar morrer, fazer vingar, mesmo que num ar de solidão, que pra mim é, pra você, não.
